A Bíblia é clara ao nos mostrar que tudo o que o homem semear, isso ele ceifará. Isto diz respeito ao princípio de Semear e Colher.
Vemos isso também no que diz o Ap. Paulo em Rm 6;23 - “...o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. Era isso o que estava prestes a acontecer com o povo de Nínive – a morte. Por causa do seu pecado, que subiu até os céus, eles iriam ser destruídos. Mas havia uma solução para esse problema e ela se manifestaria através de somente “uma pessoa” – Jonas.
Se Jonas continuasse na desobediência, como vemos no cap. 1 de seu livro, todo aquele povo iria para o inferno. Mas a obediência de Jonas, girou uma chave no reino do espírito que abriu a porta da salvação para eles.
Antes, Jonas tinha medo e desprezo daquele povo, pois sabia que eles eram muito maus e inimigos do povo de Israel. E quantas vezes achamos que alguém não merece a salvação, tão somente porque é mau ou é nosso “inimigo”? Mas a nós não compete decidir quem vai ou não para o inferno, pois isso é uma escolha pessoal de cada um, mesmo sem saber. E para que as pessoas saibam o que as espera e tenham a possibilidade de conhecer a Jesus, nós precisamos manifestar obediência a Deus no que diz respeito ao Seu comando. Isso para nós não é uma opção (I Co 9;16).
Mas o poder da obediência vai muito além do que simplesmente obedecermos àquilo que Deus nos manda fazer. Assim aconteceu com Jonas, pois após ele obedecer ao Senhor, algo sobrenatural aconteceu naquela cidade – todos se arrependeram. Muitas vezes ficamos colocando impedimentos para pregarmos o Evangelho, pensando que os outros não irão nos ouvir. Mas o que não pensamos é que não vamos no nosso nome, mas no poder de Deus. O Evangelho é o poder de Deus.
Quando obedecemos a Deus no tocante à pregação do Evangelho no poder do Espírito Santo, liberamos o poder de Deus para quebrar as cadeias que prendem as pessoas nas garras de Satanás.
Então, vamos pregar o Evangelho debaixo do poder de Deus, e deixar que Ele opere o sobrenatural na vida das pessoas.
O homem, antes do pecado, já desfrutou de forma intensa e perfeita do amor de Deus. Mas após a queda, o relacionamento que havia foi comprometido. O homem passou a se distanciar e esquecer cada vez mais o que era desfrutar do perfeito amor de Deus. Isso causou um trauma na alma do homem, que perdura até os dias de hoje. E a cada situação de pecado na vida do homem mais traumas são estabelecidos, ocasionando a abertura de portas para ação de espíritos malignos e a incidência de pobreza, miséria e ruína.
Mas o que é um trauma? Vamos ver o significado de trauma físico e psicológico. O trauma físico é uma lesão ou ferida mais ou menos extensa, produzida por ação violenta de um agente. Como exemplo, temos o “traumatismo craniano”, que é um tipo de contusão ou lesão na cabeça, e que pode ser provocado por acidente de trânsito, queda, violência física, etc.
Existe também o trauma psicológico, que é um tipo de dano emocional que ocorre como resultado de um algum acontecimento. Pressupõe uma experiência de dor e sofrimento emocional ou físico. Exemplo: morte de uma pessoa amada, violência sexual, traição, etc.
Em todos esses casos, podemos ver que a pessoa atingida e que ficou com um trauma, de alguma forma foi violentada em sua integridade. Esses traumas geram conseqüências para a vida da pessoa, como dores, limitações físicas e até paralisias. E isso não é somente no caso de um trauma físico, mas também no psicológico. Trauma é ferida. Pessoas feridas têm dores na sua alma, limitações e até paralisias.
Vejamos o caso de uma pessoa que tem medo de estar em lugares fechados – a claustrofobia. Ela fica paralisada quando percebe que está num lugar fechado, e o sofrimento que vivenciou num lugar fechado vem à tona. A pessoa fica em pânico e não sabe o que fazer. Ela irá se comportar de uma maneira totalmente diferente do normal.
Somos seres suscetíveis a traumas. O pecado nos faz sermos vulneráveis a feridas na alma. E por causa disso, se estivermos traumatizados ou feridos, podemos ter comportamentos anormais. E porque isso?
- Porque traumas nos fazem ter pensamentos que não agradam a Deus;
- Traumas nos fazem ter sentimentos que não agradam a Deus;
- Traumas nos fazem ter atitudes que não agradam a Deus;
- Traumas nos fazem ter comportamentos que não agradam a Deus;
- Traumas nos fazem dizer palavras que não agradam a Deus;
- Traumas nos fazem pecar contra Deus.
Isso quer dizer que quando temos traumas, podemos até não querer, mas é evidente que pecaremos contra o Senhor. Estaremos tendo comportamentos anormais, ou seja, que não agradam a Deus. Será uma realidade vivermos afastados do amor de Deus, e conseqüentemente, não agiremos de maneira coerente com a Palavra.
Vamos ver dois textos que falam sobre o amor de Deus e o que Ele pode fazer com relação aos nossos traumas:
- Mc 12;28-31 – texto na Bíblia
- I Pe 4;8 - “Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados”
Podemos seguramente dizer, pela Palavra e pela experiência, que o amor de Deus cura os traumas. O amor de Deus cura uma multidão de traumas, feridas.
Traumas em nossas vidas nos levam a termos uma imagem errada de nós mesmos. Quando não nos enxergamos da maneira correta, não enxergaremos os outros da maneira correta. A maneira correta é como Deus nos vê.
A ordem de Jesus é “...amarás o teu próximo como a ti mesmo...” (Mc 12;31). Mas como irei amar o meu próximo se não o enxergo como Deus? E se não faço isso, é porque não me vejo da perspectiva de Deus. Há um trauma, uma ferida estabelecida em mim, que distorce a minha visão. Conseqüência? Não me amarei corretamente e nem desfrutarei do amor de Deus sobre a minha vida.
Isso nos levará a viver aquém da vontade de Deus, porque não estaremos obedecendo os principais princípios da Palavra – amar a Deus, amar a si e amar ao próximo.
Para desfrutarmos do amor de Deus, precisamos ter os traumas curados, e conseqüentemente conseguiremos amar de verdade e não apenas de palavras. Não olharemos para os outros com os mesmos olhos, e assim, nossa vida não será mais a mesma. Tudo isso por causa do amor de Deus sobre nós.
Mas hoje precisamos receber do amor de Deus, que vai além do nosso entendimento. Com base em Mc 12;30,31, vamos ver 3 ações do amor de Deus sobre nós, que nos impulsionarão a viver uma vida de vitória contra os traumas, contra o pecado, contra a miséria, a pobreza e a ruína, e nos direcionará a vivermos uma vida em abundância.
1ª ação) O amor de Deus age em nós e nos faz amar a Deus (Mc 12;30)
Quando o amor de Deus nos toca e sara os nossos traumas, somos constrangidos a amar a Deus. As escamas que haviam em nossos olhos caem e vemos que mesmo nós não merecendo, Ele nos amou.
Muitas vezes nossa visão é muito pequena e o nosso entendimento menor ainda. A Palavra diz que Ele nos amou primeiro. Isso quer dizer que Ele nos amou quando ainda não havíamos nascido, mas também após nascermos. Ele nos amou quando ainda éramos crianças inocentes, mas também quando começamos a ter consciência de pecado. Ele nos amou antes de ouvirmos da Sua Palavra, e também quando ouvimos e a rejeitamos ou aceitamos. Foi por isso que Jesus quando estava na cruz, liberou perdão sobre todos nós – porque Ele nos amou primeiro (Lc 23;34 – I Jo 4;19). Se Pai, Filho e Espírito Santo não nos amassem primeiro, por tudo o que já fizemos contra Deus, o nosso destino seria o inferno.
O que temos de fazer é reconhecer que esse maravilhoso amor está direcionado às nossas vidas e nos colocarmos como alvos dele. Se há traumas em nós, não podemos permanecer inertes deixando que eles nos consumam. Traumas consomem nossas vidas, porque desviamos nossas energias para nos preocuparmos com eles. Hoje Jesus está te dizendo que Ele quer curar os teus traumas, as tuas feridas. Mas para isso, você precisará se mexer. Na inércia nada acontecerá. Mas se você se mover em direção a Jesus, Ele manifestará Seu amor em tua vida.
E quando você reconhecer que Ele é maior que seus traumas e deixar que Ele te cure, você nunca mais será a mesma pessoa. Você amará a Deus com tudo o que você é.
REPITA: Eu posso amar a Deus como meu Pai.
2ª ação) O amor de Deus age em nós e nos faz amarmos a nós mesmos (Mc 12;31)
Os traumas nos levam a formarmos uma imagem distorcida de nós mesmos. Ou passamos a achar que somos melhores do que os demais, ou achamos que somos piores. O fato é que passamos a ser instáveis e até nos surpreendemos com situações que nós mesmos provocamos. E quando as conseqüências de nossos atos vêm até nós, ficamos com sentimentos de autocomiseração, culpa e autocondenação. Nos achamos os mais miseráveis e que nossas vidas não têm jeito.
O que esquecemos é que por amor, Jesus pagou um alto preço por nós. Como disse anteriormente, Deus tem uma imagem correta de nós. Hoje, com Jesus em nossas vidas, somos preciosos, somos valorosos, somos importantes. Você é importante pra Deus! Você não é nem melhor e nem pior, você é especial. Foi por sua preciosa vida que Deus enviou o Seu Filho, pra morrer na cruz e conquistar o acesso à eternidade para todo aquele que crê. Ao entendermos isso, passamos a nos amar. Até porque há algo especial em nós – a vida de Deus pelo seu Espírito. Isso quer dizer que não sou qualquer um, mas sou filho de Deus, templo do Espírito Santo. O meu exterior muda, envelhece, sofre, mas o interior se renova dia a dia no amor de Deus (II Co 4;16).
REPITA: Eu sou importante! Eu sou especial!
3º ação) O amor de Deus age em nós e nos faz amarmos ao nosso próximo (Mc 12;31)
A nossa natureza humana é preconceituosa. Temos opiniões formadas a respeito de muitas coisas, e muitas vezes não estamos dispostos a mudar mesmo que a Palavra nos mostre o contrário.
Geralmente pensamos tão somente no que os outros irão achar de nós. Se estamos bem vestidos, perfumados, com a roupa da moda, cantando bem. Isso é ser superficial e egoísta. Não estamos nos preocupando como o outro está. Às vezes o discípulo olha para o líder e o vê bem vestido, perfumado, com as unhas bem feitas, mas não sabe a guerra que ele ou ela está enfrentando. Nem imagina que o discipulador está sorrindo somente pela misericórdia de Deus, porque está debaixo de terríveis guerras. Aí o discípulo pensa: “poxa, meu discipulador nem me ligou nesta semana!”. Porque você não ligou e perguntou se ele precisa de alguma coisa? Isso é demonstração de amor.
Homem, você abraçaria um homossexual? Mulher, você abraçaria uma lésbica ou uma prostituta? Você se disporia a receber como discípulo uma pessoa rejeitada pela sociedade? Às vezes os crentes são muito preconceituosos. Esquecemos de que como é um homossexual, uma prostituta, um viciado em drogas, um bêbado, etc, nós também éramos. Se eu não tivesse aceitado a Jesus, o meu fim seria igual o deles, se não receberem a Jesus em suas vidas.
Jesus morreu por mim e por você. Jesus morreu pelas prostitutas. Jesus morreu pelos ladrões, que estavam ao seu lado no Calvário. Jesus morreu pelos religiosos hipócritas. Jesus morreu por aqueles que o rejeitavam, mas Ele não os rejeitou.
Quando entendemos que Jesus nos amou e nos deu vida quando estávamos mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2;1), vamos amar o nosso próximo. Vamos entender que aquilo que Jesus fez em nossas vidas, Ele deseja fazer na vida dos outros. Vamos parar de argumentos contra o próximo, ciúmes, contendas, egoísmo, fofoca, maledicência, achismos.
“Se alguém afirmar: Eu amo a Deus, mas odiar, ou aborrecer, contender, fofocar, maldizer contra seu irmão ou seu próximo, é mentiroso, pois quem não ama a seu irmão e ao seu próximo, a quem vê, não pode amar a Deus a quem não vê (I Jo 4;20).”
Olhando para Jesus, você verá que apesar de você ser quem é, Ele te ama. E você irá escutar Ele dizendo: ame a teu próximo!
REPITA: Eu preciso amar o meu próximo, não importa quem ele seja.
Sabe, Jesus foi a pessoa que deveria ter os maiores traumas do mundo. O que Ele passou, nós nunca passamos e nunca passaremos. Mas ao invés de se render aos traumas, tanto físicos como emocionais, Ele tomou a decisão de nos amar até o fim. Quando estava na cruz muitos Lhe diziam: “salvou aos outros, salve-se a si mesmo”(Lc 23;35). Mas Jesus veio com um propósito – ser o nosso Salvador. Ele não veio salvar a Si mesmo, mas dar Sua vida para nós sermos salvos e desfrutarmos do amor de Deus.
“Hoje Deus quer te traumatizar, mostrando tua verdadeira condição”. No início falei que traumas vêm de uma violência. Mas o que Deus quer fazer na tua vida não te violenta, mas te restaura. O Senhor quer quebrar teus “pré-conceitos”, tua dureza de coração, tua frieza, tua carnalidade,teus achismos, teu egoísmo, superficialidade, tua falta de amor. E isso Ele quer fazer derramando do amor dEle em tua vida, pelo Espírito Santo.
Não podemos entender o amor de Deus, porque Ele vai além das nossas limitações. Mas nós podemos desfrutar desse maravilhoso amor. Hoje Deus deseja te dar uma porção dele. Abra o teu coração e receba.
RECEBA O AMOR QUE LIBERTA
RECEBA O AMOR QUE CURA
RECEBA O AMOR QUE SALVA
RECEBA O AMOR QUE RESTAURA
RECEBA O AMOR QUE RESSUSCITA
RECEBA O AMOR QUE APROXIMA
RECEBA O AMOR QUE UNE
RECEBA O AMOR QUE VIVIFICA
RECEBA O AMOR QUE CONSTRANGE
RECEBA O AMOR QUE LANÇA FORA O MEDO
RECEBA O AMOR QUE LIBERA MILAGRES
I Jo 4;8,16,18
Rm 5;5
Esta é uma pergunta que pode mostrar a nossa realidade, o que estamos vivendo: o Senhor está a nosso favor ou contra nós?
A Palavra é clara ao mostrar que o desejo de Deus é o de abençoar aqueles que têm aliança com Ele. Mas também é clara quando mostra a consequência da quebra da aliança.
Deus não pode ir contra a Sua Palavra. Como Ele pode abençoar alguém que não honra a aliança que tem com Ele? Pois bem, como pode o Senhor nos abençoar? A verdade é que muitas vezes não temos honrado a aliança, pelo que temos feito, pensado e sentido. E nisso, precisamos entender que temos entristecido o Espírito Santo. E muito!
Precisamos saber e entender que este não é o desejo de Deus para nossas vidas. Eu não quero isso para mim! Mas a questão é que isso muitas vezes tem nos vencido, e ficamos perplexos com as coisas que fazemos. E o pior é que às vezes nem ficamos mais! Precisamos de um toque poderoso de Deus em nossas vidas!
Sabemos o que temos que fazer, mas a questão está “no fazer”. Até iniciamos, mas não damos continuidade. Parece que perdemos as forças e a vontade. Precisamos da ajuda do Pai!!!
Particularmente eu, vejo muitas situações, até mesmo dentro da igreja: “irmãos” que não cumprimentam outros irmãos; irmãos, que pela sua fisionomia, aparentam estar com raiva até de Deus; crentes insubmissos, que não se deixam discipular e nem aceitam ser confrontados; outros que se reúnem em “grupinhos seletos” e deixam de fora aqueles que mais precisam de amor; líderes que não se relacionam e querem manter o 'status' de líder, sem ter nenhuma liderança; crentes que não têm o coração ensinável e acham que o que sabem é o suficiente; irmãos que dizem que são irmãos, mas não conseguem viver em unidade pois não suportam algumas coisas nos outros; discípulos bígamos, pois o conselho que mais buscam e vale é o de outros discipuladores que não o deles. Se eu fosse citar todas as coisas que já pude presenciar dentro das igrejas evangélicas que fiz parte, faltariam palavras. Mas eu não me excluo disso, pois também já fiz parte de muitas dessas situações. Graças a Deus hoje sou nova criatura, sendo aperfeiçoado dia após dia e procurando ser à imagem e semelhança do Messias. Sei que ainda preciso crescer muito e ser muito transformado pelo Pai. Por isso eu recebi todas as palavras que aqui estão escritas e decidi por mudança em minha vida.
Então amados, Deus deseja nos estabelecer como referencial de aliança, santidade, prosperidade e amor. Mas nós precisamos honrar a aliança que dizemos ter com Deus, nos apartando do pecado, nos voltando para Deus e Sua Palavra, e glorificando o Seu Nome com toda a nossa vida. E quando falo em pecado não é somente aquilo que vemos, mas em como está o nosso coração.
O meu alvo, o nosso alvo, deve ser o de fazer a vontade de Deus acima de qualquer situação ou circunstância, pois isso é o que vai nos diferenciar daqueles que Jesus cita em Mt 7;20-23.
Carlos Fernando, vosso servo.
